terça-feira, 31 de março de 2020

10º Ano 4. 1 As igrejas reformadas.



Henrique VIII


c)  Anglicanismo

 • Fundada pelo rei Henrique VIII (1491-1547) foi motivada pelo interesse do rei em anular o seu casamento com Catarina de Aragão e casar com Ana de Bolena.


• Com a recusa do Papa, Henrique VIII proclama o Ato de Supremacia (em 1534), que o afasta da obediência a Roma e o torna chefe supremo da igreja na Inglaterra, a igreja Anglicana.


• Henrique VIII dissolve os Mosteiros e confisca-lhes os bens.


A nova religião inglesa defende:


- a justificação pela fé, mas não a predestinação absoluta;


- a autoridade da bíblia, os Sacramentos do Batismo e Eucaristia, mas nega o culto aos santos, imagens ou relíquias;


 - a Teocracia;


 - A abolição do celibato dos padres.

10º Ano 4.1 As igrejas reformadas.




Calvino
b)  Calvinismo

• Calvino defende que todas as leis de Deus deviam ser obedecidas. Explica a salvação com a teoria da Predestinação: cada crente já estaria, desde a origem, destinado por Deus à Salvação ou à condenação eterna.


• Defende o sacerdócio universal e a autoridade exclusiva da Bíblia.


• Acredita na salvação pela fé e na existência de dois sacramentos: O batismo e a comunhão.


• Defende a teocracia (hierarquia dentro da igreja).


• O Calvinismo torna-se uma verdadeira ideologia revolucionária.

10º Ano 4.1 As igrejas reformadas.



AS IGREJAS REFORMADAS
Lutero

a) Luteranismo

• Princípios luteranos:
 – Defende a autoridade única da Bíblia e a tradução do texto sagrado para alemão.
– Acredita na relação direta do crente com Deus.
• Rejeita o papel mediador do clero.
Rejeita a autoridade do Papa.
 – Defende a alteração da doutrina da Igreja:
a) Aceita apenas dois sacramentos (Batismo e Eucaristia)
b) Rejeita o culto dos santos e da Virgem
c) Institui como responsáveis pelo culto religiosos homens simples, designados por pastores.

10º Ano 4.1 A rutura teológica. - As igrejas reformadas.



4.1 A rutura teológica
Lutero

A rutura teológica

• Lutero pretende um retorno a um cristianismo primitivo, onde a fé era o mais importante. Em 1517 afixa a sua obra “95 teses sobre as Indulgências”. É considerado herético e finalmente excomungado. Foge e refugia-se na Saxónia, onde funda a Igreja Alemã Independente e Luterana.

 • Em França, um extremista revolta-se contra a Igreja Católica. O seu nome é Calvino. Acredita na predestinação. O homem deve seguir uma fé intensa e ter uma vida piedosa e austera de moral rígida. É seguido na Suíça, Holanda e Escócia.

• No caso inglês, surge o Anglicanismo, com Henrique VIII e a querela com o Papa Clemente VII (1523/1534). O rei pretende o divórcio de Catarina de Aragão para casar com Ana Bolena, o que lhe é negado. Resta-lhe então, separar-se também ele da igreja Católica.

10º Ano 4. A renovação da espiritualidade e religiosidade



4. A renovação da espiritualidade e religiosidade








  1. Críticas à Igreja
• O Renascimento provocou uma grave crise na Igreja. A nova visão do homem e do mundo, mostrou que as ideias veiculadas pela Igreja não estavam de acordo com a nova mentalidade.
• Os humanistas pretendiam um retorno à pureza do cristianismo primitivo. Condenavam os membros da igreja não viviam de acordo com os princípios da Igreja.
• Defendia-se a necessidade de uma prática mais autêntica e profunda, uma religiosidade, uma verdadeira fé.
• A devoção tornou-se mais pessoal, bem como o sentimento de culpa.
.• As ordens mendicantes condenaram o luxo e a imoralidade da Igreja.
• Também o facto da Burguesia pretender o enriquecimento, levou à crítica à Igreja, que se opunha à  usura e ao juro.
  1. Primeiras crises religiosas
• Século XIV – heresia de John Wyclif, contestou a autoridade do clero na Inglaterra e o pagamento da dízima.
• Século XV- Jan Huss segundo a sua opinião, ninguém se poderia considerar representante de Cristo, se não seguisse o exemplo divino.
.• Grande parte da igreja do século XV tinha-se afastado dos princípios de pobreza pregados por Cristo  e vivia no luxo e na ostentação. A corrupção alastrava dentro da igreja católica.
  1. Motivos para o descontentamento
– Venda de cargos religiosos: a prática de simonia era frequente. 
– Falta de preparação e vocação dos membros do clero.
– Luxo, ostentação, vida mundana e imoral dos clérigos. O Papa não era mais que um importante “monarca” com família e onde a guerra e a política se sobrepunham à prática do culto. O restante clero seguia o exemplo do seu chefe. 
– Venda da Bula das Indulgências.
  1. Críticas
• Em 1513, o Papa Leão X, decide enviar monges por toda a Europa, solicitando aos fieis uma contribuição para a conclusão das obras da Basílica de S. Pedro. Em troca, o Papa concedia uma Indulgência, isto é um documento que lhes perdoava a penitência pelos seus pecados.
• Erasmo de Roterdão (1466-1536), autor da obra “O Elogio da Loucura” critica os abusos do clero e defende a necessidade de uma purificação da moral e dos costumes.
• Lutero, monge da ordem de Santo Agostinho, encontrou a resposta à sua inquietação nas cartas de São Paulo, em que lê: o justo pode salvar-se pela fé. Revolta-se, assim , contra a venda das indulgências.

10º Ano 3.3 A arte em Portugal - A pintura



3.3 A arte em Portugal - A pintura





• A pintura sofre uma grande renovação, destacando-se diversas escolas ou oficinas: Coimbra (fortemente ligada à estética gótica); Lisboa;Évora (Francisco Henriques) e Viseu (oficina de Vasco Fernandes).

• Foi usada a pintura a óleo e seguiram-se as tendências da perspetiva e as representações naturalistas.

• Nomes grande da pintura foram Grão Vasco e Nuno Gonçalves.

10º Ano 3.3 A arte em Portugal - A escultura


3.3 A arte em Portugal - A escultura






• As obras escultóricas eram fortemente ligadas à temática arquitetónica, o que se explica pela persistência do gótico em Portugal.

• Entre finais do séc. XV e a segunda metade do séc. XVI verificou-se um forte surto escultórico, multifacetado e influenciado pelo Renascimento Europeu.

• Pias batismais, túmulos, portais e altares transmitem essa obra onde os vários estilos se fundem .

• Destacam-se nomes como o de Diogo Pires, o Velho e Diogo Pires, o Moço; João de Castilho ou Nicolau Chanterenne. 

10º ano 3.3 A arte em Portugal a afirmação das novas tendências renascentistas.


3.3.A arte em Portugal - a afirmação das novas tendências renascentistas.









A arquitetura renascentista em Portugal

• Influência da estética clássica e resultado das dificuldades económicas no reinado de D. João III,  substituíram a exuberância manuelina por uma severidade nas formas influenciada por   Francisco de Holanda e D. Miguel da Silva.

• Como marcas do classicismo em Portugal podemos destacar:

  1. A simplicidade das nervuras das abóbadas de cruzaria
  2. A utilização das abóbadas de berço e as modernas coberturas planas
  3. A igreja-salão
  4. A substituição dos contrafortes por pilastras laterais
  5. A delimitação das naves por arcadas redondas
  6. A multiplicidade de frontões, colunas e capitéis
  7. O aparecimento dos edifícios de planta centrada.

• Na arquitetura civil, destaca-se a Casa dos Bicos; a Quinta da Bacalhoa…

10º Ano 3.3 A arte em Portugal: o gótico-manuelino





3.3  A arte em Portugal: o gótico-manuelino 








• Sob influência dos descobrimentos, da consolidação do poder real e do fausto da vida cortesã, renova-se a estética gótica.

Surge em Portugal um estilo híbrido a que se chama o Manuelino

Esta é uma corrente de arte heterogénea que se manifesta fundamentalmente na arquitetura e na decoração arquitetónica.

• No Manuelino fundem-se diversos estilos: 
  1. O gótico final (flamejante)
  2. O plateresco (estilo espanhol)
  3. O mudjar (de influência árabe)
  4. O naturalismo (troncos, ramagens…)
  5. A heráldica régia (escudo, esfera armilar…)
-  Do ponto de vista estrutural manteve-se o estilo gótico, embora com alterações:

  1. O arco ogival coexiste com outras tipologias de arcos, como os de ferradura ou os redondos
  2. Abóbadas de cruzaria de ogivas, de nervuras…
  3. Uso do arcobotante e contrafortes exteriores
  4. A decoração é exuberante, anunciando o “horror ao vazio” típico do barroco: vegetalista terrestre e marinha; cordas e nós náuticos, heráldica régia (esfera armilar, escudo), cruz de cristo….
 Os progressos na arquitetura passam também para o campo civil e militar.


Destacam-se nomes como o de Mateus Fernandes, Diogo Boutaca, Diogo e Francisco de Arruda ou João de Castilho.

sábado, 28 de março de 2020

10º Ano 3.3 Expressão naturalista na pintura


3.3 Expressão naturalista na pintura 


Pintura

• O sentido de captação do real animou os artistas do Renascimento, que representavam o ser humano e a Natureza com emoção. A procura do real na arte levou à descoberta de duas revolucionárias técnicas (superação):
a) A perspetiva, conjunto de regras geométricas que permitem reproduzir, numa superfície plana, objetos e pessoas com aspeto tridimensional.
b) A pintura a óleo, que favorece a visualização do detalhe e cores ricas em tonalidades.
• A capacidade técnica dos artistas do renascimento levou-os a produzir uma obra original, que acabou por superar os modelos da Antiguidade.
• introdução de novos elementos decorativos de cariz naturalista (como conchas, cordas, paisagens)
• a perspetiva linear
• o uso do ponto de fuga
• recurso à ilusão ótica possibilitada pela terceira dimensão.
• Agora o espaço pictórico é aberto ao observador.

• Leonardo da Vinci elevou a pintura a uma verdadeira arte.
• A arte redescobriu o homem e o indivíduo com características verdadeiramente clássicas e ao mesmo tempo, inovadoras:
• A pintura a óleo (maior durabilidade e possibilidade de retoque);
• A terceira dimensão (criação da pirâmide visual, marcado pela profundidade, pelo relevo e volume das formas – concretiza- se a perspetiva linear ou, no caso de Leonardo, a perspetiva aérea.
• O sfumato.
Outras características inovadoras foram:
• A geometrização da arte. Adotam-se as figuras geométricas, com preferência para a piramidal, na composição das grandes cenas pictóricas.
• A proporção – o espaço é construído com um verdadeiro rigor matemático.
• Representação realista e naturalista: a expressividade dos rostos (mesmo que estes tivessem imperfeições), nota-se mesmo na capacidade de exprimir sentimentos e estados de alma.
• Há uma preocupação para representar as imagens com um rigor desde a anatomia às vestes e cenários.
• Importância da paisagem na composição pictórica.

Pintura: resumo
• Concebida dentro dos princípios geométricos
• Composição em pirâmide
• Equilíbrio da composição
• Substituição da madeira pela tela
• Representação da natureza
• Utilização da perspetiva
• Uso da técnica do sfumato
• Novas técnicas de pintura a óleo
• Temáticas principais: religiosas, pagãs, anatomia humana - o nu - e o retrato,
• Grandes pintores: Fra Angelico, Leonardo da Vinci, Botticeli, Rafael,Miguel Ângelo e El Greco.