Da
crise comercial de finais do século XVII (Conde de Ericeira) à
apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico (1)
Na 2ª metade do século XVII vários fatores precipitam a crise do comércio atlântico português e o fim do ciclo do açúcar:
- Baixo preço do açúcar nos mercados internacionais devido à concorrência do açúcar holandês, francês e inglês das Antilhas.
- Politicas proteccionistas dos países europeus dificultam as exportações de produtos portugueses.
Duarte
Ribeiro de Macedo (embaixador
de Portugal em França)
propõs a criação das
manufaturas em Portugal e a imposição de leis Pragmáticas que
dificultariam a importação de produtos manufaturados de Inglaterra
e da França.
O
Conde da Ericeira, D. Luis de Menezes, ministro da
Fazenda de D. Pedro II propôs novas medidas que o tornatam conhecido
como o Colbert português:
- Leis Pragmáticas contra o uso de produtos estrangeiros
- Contratação de artífices estrangeiros
- Criação de indústrias texteis e lanificios em várias zonas do país que fizeram diminuir a importação de produtos estrangeiros principalmente vestuário. Exemplos - têxteis – sedas e lanifícios (Covilhã, Fundão, Tomar), vidro (Estremoz) e ferro (Lisboa, Tomar, Figueiró dos Vinhos)
- Concessão de apoios financeiros às manufaturas instaladas
- Regulamentação da produção
- Fundação de companhias de comércio
- Desvalorizações monetárias para tornar produtos portugueses mais baratos para os estrangeiros.
As medidas mercantilistas criaram um período de desenvolvimento comercial
- Os produtos coloniais e metropolitanos (sal, azeite e vinho) retomaram a sua venda.
- Aumento dos preços e das receitas do Estado.
- Descoberta do ouro e diamantes brasileiros, devido à ação dos bandeirantes.
- Disponibilidade de meios de pagamento para cobrir o Défice da Balança Comercial
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